sexta-feira, 8 de junho de 2012

Solo e água em foco no RS

         Um grupo de trabalho irá discutir problemas referentes ao manejo da água e à conservação do solo no Estado. O Código Estadual de Solo e Água deve ser reformulado em cima das discussões dos integrantes. A próxima reunião será em 13 de agosto, na Emater, em Porto Alegre. Participam do grupo representantes de entidades ligadas à área rural e à pesquisa. A meta é fomentar uma maior articulação entre as entidades para tratar o tema, além de intensificar o monitoramento da qualidade do solo.

Temos que aumentar a capacidade de armazenamento de água em nossos solos, os quais sua estrutura foi totalmente destruída nos anos 70 e 80 onde se realizava praticas destrutivas, para semeadura das culturas. Um solo com boa estrutura se demora anos para se construir e isso requer planejamento, paciência e investimento o qual nossos produtores não têm muitas vezes como fazer, precisamos de uma política urgente que de subsidio a aqueles que estiverem dispostos a conservar e nutri o solo. Não Adianta só pensarmos em sistemas de irrigação, não temos capacidade de irrigar nem 25% de nossas áreas produtivas, temos que armazenar água no solo e aumentar a infiltração das mesmas nos períodos chuvosos do ano.

Vendas de sêmen bovino crescem 44% nos últimos três anos

 

Comercialização de raças de corte cresceu 102,2%

Entre 2009 e 2011, as vendas nacionais de sêmen de bovino de corte tiveram incremento de 44%, de acordo com a Scot Consultoria. No mesmo período, a comercialização do sêmen de leite no país cresceu 64,1%.
Segundo os analistas, quando a análise é feita com base no produto importado a situação é inversa. A Scot comparou a comercialização das raças de corte e leite dos últimos três anos com dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA). As vendas para as raças de corte saíram de 944,3 mil doses em 2009, para 1,90 milhão de doses em 2011, um crescimento de 102,2% nos últimos três anos.
O sêmen de raças leiteiras importado, apesar do maior volume vendido, teve incremento mais contido. Em 2009, foram 2,66 milhões de doses comercializadas, alcançando 3,23 milhões no ano passado. Aumento de 21,3%.
As 7,01 milhões de doses vendidas em 2011 para o corte representaram um aumento de 56,2%, frente aos números de 2009. Variação de 23,1 pontos percentuais frente ao crescimento das vendas para as raças leiteiras.
SCOT CONSULTORIA
É um excelente tecnologia, pois o produtor tem como ter terneiros de touros de uma ótima genética na sua propriedade, além de ter um menor custo no passar dos anos, já que o maior custo além da compra do sêmen é o treinamento e a compra dos equipamentos. E aquele problemas que temos na propriedade que é em relação aos touros que são ocupados cerca de 1/3 do ano e resto dele fica incomodando pulando cerca,cedendo as mesmas além do risco de perca deste animais não teremos. É uma ótima alternativa que devemos tomar.

Prazo para vacinação contra febre aftosa termina nesta sexta no Rio Grande do Sul

 

Produtores têm até 30 dias após a aquisição da vacina para informar o número de animais imunizados

            O prazo final da campanha oficial de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul termina nesta sexta, dia 8. Em função da desistência da empresa vencedora da licitação para o fornecimento de vacinas adquiridas pelo Governo do Estado, que não conseguiu cumprir o contrato, houve atraso na entrega das doses, o que forçou a prorrogação do prazo anteriormente estabelecido para o dia 31 de maio.

Até a quarta, dia 6, dados disponíveis no sistema do Departamento de Defesa Agropecuária do Estado indicavam que 72% do rebanho estava imunizado. Os produtores têm até 30 dias após a aquisição da vacina para informar à Inspetoria Veterinária de seu município o número de animais vacinados.
RURALBR, COM INFORMAÇÕES DA SECRETARIA DE AGRICULTURA DO RS

Legislação Ambiental é umas das ou á mais rigorosa do mundo:

Em Paris, presidente da CNA afirma que legislação ambiental brasileira é uma das mais rigorosas do mundo, Kátia Abreu representa o país no Congresso Mundial da Carne, na França.


            Kátia Abreu afirmou que o Brasil tem uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo
            A agropecuária brasileira cresce, ao mesmo tempo em que respeita o meio ambiente. Essas foram as palavras da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, na quinta, dia 6, em Paris, na França, ao representar o Brasil na mesa-redonda de encerramento do Congresso Mundial da Carne.

A senadora afirmou que o Brasil tem uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, e questionou qual seria a reação dos produtores de Europa, Estados Unidos e China se enfrentassem a legislação que os brasileiros enfrentam.

            Kátia Abreu citou como exemplo as Áreas de Preservação Permanente (APPs), que integram o novo Código Florestal, e obrigam os produtores a se retirarem das margens dos rios, para que essas áreas sejam reflorestadas. A presidente da CNA defendeu as APPs, lembrando que, no Brasil, é reconhecida sua importância para preservação das fontes de água, o que levou à sua regulamentação em lei.

– Mas eu fico imaginando se nós pedíssemos aos agricultores que produzem às margens do rio Sena, do Tâmisa, do Reno e do rio Amarelo, na China, para se afastarem 100 metros de cada margem, para o plantio de florestas, sem nenhuma indenização, como a legislação brasileira impõe aos produtores do Brasil – disse a senadora.

Durante sua exposição, a senadora lembrou que o setor agropecuário brasileiro já vem se desenvolvendo de forma sustentável há décadas.

– Se nós observarmos o período de 1940 até 2006, quando foi realizado o último Censo Agropecuário no Brasil, tivemos um aumento no rebanho em torno de 400%. No entanto, a superfície de pastagem cresceu apenas 80% – afirmou ela.

A presidente da CNA lembrou que, atualmente, o agronegócio representa 33% de todos os empregos do Brasil e 37% de todas as exportações do País. Além disso, há 10 anos o setor é responsável por manter a balança comercial brasileira superavitária, em 29 bilhões de dólares. Tudo isso, disse a senadora, preservando o meio-ambiente.

– Em 2004, o governo brasileiro adotou o compromisso de diminuir o desmatamento em 80%. Ou seja, sair de 27 mil km² de florestas desmatadas por ano, para 5,4 mil km², em 2020. No final do ano passado, oito anos antes do prazo, nós já quase cumprimos esta meta, com uma área desmatada de 6,6 mil km² – explicou a senadora.

A presidente da CNA defendeu, ainda, a prática de criação do boi verde, que deixa o gado pastar livremente, mas é apontada como causadora de mal-estar animal.

– Eu quero lembrar a essas pessoas que esse boi não tem que andar quilômetros para se alimentar. A cada passo que o boi verde do Brasil dá, ele encontra comida. Ao contrário do boi confinado, que precisa comer oito quilos de grãos por dia, afetando a alimentação humana – afirmou Kátia Abreu.
RURALBR, COM INFORMAÇÕES DA CNA
A Senadora e presidente da CNA Kátia Abreu é uma das poucas políticas que realmente defende o produtor Brasileiro perante ao mundo, ela merece todo o nosso reconhecimento e gratidão, é de m políticos que nem esse que o País e nós produtores precisamos.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

ARGENTINA: Produtores rurais anunciam greve no campo

Agricultores anunciam paralisação após alta de imposto na Argentina

            As principais entidades patronais da agropecuária argentina decretaram ontem uma paralisação nacional das atividades do campo até o dia 12 de junho. O protesto deverá cessar a comercialização de todos os produtos, exceto os perecíveis. Os produtores rurais estão mobilizados há duas semanas, por causa dos pacotes fiscais aprovados pelos governadores de Buenos Aires, Daniel Scioli, e de Entre Ríos, Sergio Urribarri, que aumentaram o imposto sobre propriedades do campo em até 350%. Em função da seca no verão, a rentabilidade do setor rural argentino neste ano já estava afetada, com uma queda na produção de soja estimada em 20%.
Ao anunciar a paralisação, os dirigentes rurais reclamaram da inação do governo da presidente Cristina Kirchner diante do agravamento da crise com os governadores. "Podemos dizer com segurança que essas omissões estão dando curso a um processo de recessão que irá do campo para as grandes cidades. É o oposto do ciclo que vivemos há alguns anos, em que a Argentina saiu do estancamento das cidades graças à força da produção rural", disse o presidente da Federação Agrária Argentina, Eduardo Buzzi, na entrevista coletiva que anunciou a paralisação. O ato contou com a adesão da Sociedade Rural Argentina, Confederação de Cooperativas (Coninagro), e Confederação Rural Argentina.
A última mobilização do gênero ocorreu no inverno de 2008, quando as entidades do campo reagiram à decisão do governo de Cristina de tentar aumentar as retenções sobre a soja, um imposto sobre exportações. O locaute de quatro anos atrás, que foi acompanhado de diversos protestos em Buenos Aires, levou a proposta a ser rejeitada pelo Senado argentino por um voto e foi determinante para que Cristina perdesse as eleições parlamentares de 2009.
O protesto atual não tende a ter o mesmo impacto. Os organizadores garantiram, por exemplo, que não haverá bloqueio de rodovias. "Nossa estratégia é manter uma relação amigável com a sociedade", afirmou Buzzi. As manifestações, contudo, podem afetar as exportações da produção de soja argentina. Anteontem, os manifestantes pararam por exemplo carretas de grãos que iam em direção aos portos com produção do grupo Los Grobo, um dos maiores negociantes do produto no país, de acordo com o jornal "La Nación".
Na semana passada, logo após a aprovação do pacote fiscal na Província de Buenos Aires, houve um "cacerolazo", protesto em que os moradores batem panelas nas varandas e janelas de sua casa, em diversos bairros da capital do país. A cidade de Buenos Aires não faz parte da Província de mesmo nome, mas a manifestação ganhou impulso em razão da insatisfação da população com as restrições às compras de dólar por pessoas físicas. O protesto ficou circunscrito aos bairros de classe média alta da cidade, como Palermo, Recoleta e Belgrano.
A arrecadação tributária na Argentina está desacelerando desde o início do ano, por conta da redução da atividade na economia. De acordo com os dados oficiais, em maio o imposto sobre circulação de mercadorias (IVA) teve um aumento interanual de 21,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado, ante 20% em abril, 17% em março, 28% em fevereiro e 28% em janeiro. No fim do ano passado, a variação interanual do tributo chegou a 41,8% em novembro e a 33,5% em setembro. Como a inflação extraoficial na Argentina oscila em torno de 25% ao ano, o dado é um indício de retração em termos reais.
O efeito imediato da velocidade menor da arrecadação foi a redução dos repasses tributários para as Províncias, que somam déficits orçamentários de US$ 5 bilhões, metade dessa cifra concentrada na Província de Buenos Aires. Os governadores começaram a ter dificuldades de honrar o pagamento da folha salarial e lançaram pacotes tributários para aumentar a arrecadação própria e cobrir o rombo.
"O governo federal não está socorrendo as Províncias e as obrigou a socializar o custo político da crise, 'terceirizando' o ajuste fiscal", comentou o ex-presidente do Banco Central Martín Redrado, que atua como consultor de algumas Províncias. Redrado citou o exemplo da Província de Entre Ríos, governada por Sergio Urribarri, um dos mais alinhados à Casa Rosada. Urribarri está com pagamentos salariais atrasados desde março e promoveu um aumento de 600% sobre o imposto territorial, superior ao feito por Scioli.
A rentabilidade do produtor rural diminuiu porque cerca de 60% dos fazendeiros trabalham em terras arrendadas e pagam, além do repasse da carga tributária, o custo do aluguel sobre a terra e o imposto de retenção sobre as exportações, em torno de 35%. "Sem o aumento dos impostos, a margem já era negativa, salvo para os produtores que conseguiram fazer um acordo com o proprietário para que o arrendamento seja pago conforme o rendimento da safra", disse o presidente da associação do milho e do sorgo argentino, Alberto Morelli.
Valor Econômico - 06 e 07 de junho de 2012 - Pag. A 11 - Internacional.
Produtores rurais argentinos anunciam greve:
 
Os quatro maiores sindicatos patronais rurais da Argentina anunciaram greve nacional de sete dias, a partir de amanhã, em um protesto contra a política da presidente Cristina Kirchner para o setor.

Os produtores rurais decidiram estender a todo o país a paralisação iniciada no sábado na província de Buenos Aires, um dos maiores distritos agrícolas argentinos, em razão de alta nos impostos.

                        Os sindicatos patronais prometem suspender a comercialização de grãos, carnes e produtos não perecíveis de amanhã até a meia-noite da próxima terça, 12 de junho.       

            Em comunicado, os produtores afirmaram que a rentabilidade do setor agropecuário da Argentina diminuiu significativamente nos últimos anos em razão da inflação não reconhecida pelo governo, que aumenta os custos de produção no campo e não se reflete nos preços.             

            A nota diz ainda que medidas tomadas pelo governo Cristina destruíram o mercado de trigo, do qual o país é um dos maiores exportadores mundiais, e comprometem os contratos para exportação de carne para a União Europeia, o que resultaria em perdas de US$ 200 milhões .

   O governo não se pronunciou sobre a greve hoje.

            Em março de 2008, uma paralisação dos produtores contra o aumento das taxas sobre exportações causou a maior crise do primeiro mandato de Cristina, que assumira o poder no final de 2007.

O conflito, com bloqueios de estradas e protestos em massa, arrastou-se por quatro mesesaté o Senado derrubar a alta dos impostos.
Folha de São Paulo – 06 de junho de 2012 – Pag. A 14.
Fonte: Valor Econômico/Folha

Soja: Mercado fecha o dia com alta de mais de 40 pts e retoma patamar dos US$ 14



Os futuros da soja encerraram o pregão desta quinta-feira (7), feriado de Corpus Christi aqui no Brasil, com altas de mais de 40 pontos na Bolsa de Chicago. Os contratos julho e agosto/12 conseguiram retomar o patamar dos US$ 14 dólares por bushel e essa parece ser uma recuperação do mercado internacional da soja depois das recentes e expressivas baixas. O milho e o trigo também encerraram o dia com bons ganhos. 

Em maio, a oleaginosa recuou 11% em Chicago. A falta de novas informações, principalmente sobre a demanda, e a estabilidade entre os fundamentos pressionaram o mercado, além da aversão ao risco por parte dos traders em função das incertezas na macroeconomia.

O que provocou esse bom desempenho da commodity foi uma junção de fatores positivos, sendo os bons fundamentos, novas informações sobre a demanda, preocupações com o clima nos EUA e o cenário mais tranquilo no mercado financeiro. 

No quadro fundamental, nada mudou. Os estoques continuam preocupantemente baixos e as perspectivas são de que essa situação se mantenha a longo prazo, mesmo com uma recuperação da safra da América do Sul e uma boa produção norte-americana. 

Além disso, a demanda permanece aquecida. Nesta quarta-feira (6), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda 120 mil toneladas de soja para a China e esse reporte trouxe uma nova faísca ao mercado, impulsionando ainda mais o avanço dos preços. No pregão desta quinta, os traders voltaram a focar este cenário permitindo esse fechamento significativamente positivo para a oleaginosa. 

Paralelamente, o mercado climático começa a mostrar sua presença e importância, estimulando os prêmios de risco por parte dos investidores que já se preocupam com uma possível seca nos Estados Unidos. Para os próximos dias, previsões de institutos norte-americanos apontam para altas temperaturas e falta de chuvas, condições nada favoráveis para o desenvolvimento das lavouras. 

Entre os fatores externos, a boa notícia vem do macrocenário, que registrou uma quinta-feira mais tranquila, com os negócios tendo caminhado por um viés positivo e reduzindo a aversão ao risco. Essa situação de menos preocupações e incertezas acaba favorecendo uma volta dos fundos de investimento ao mercado de commodities, resultando em boas altas para as cotações.

Contribuindo para este cenário, a China, uma das mais importantes economias mundias e importante consumidora de commodities, anunciou que está reduzindo as taxas de juros no país. Essa é a primeira vez que o índice é rebaixado desde 2008. A percepção do mercado foi bastante positiva sobre esse anúncio e completou o bom humor do mercado hoje.

Veja a entrevista do analista de mercado Pedro Dejneka, da PHDerivativos, direto de Chicago, no programa Mercado & Cia:

Milho: China abre as portas para cereal brasileiro


         A China apresenta agora um protocolo que abre as portas do país ao milho produzido no Brasil. Segundo informações do jornal Gazeta do Povo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu um documento que descreve parâmetros fitossanitários que devem liberar o comércio do cereal entre os países.

       A compra do milho brasileiro pelos chineses acontece em função da ameaça de escassez do cereal no mercado interno. Somente nas últimas cinco safras o consumo de milho registrou acréscimo de 50 milhões de toneladas no país. 

     A China possui atualmente uma das maiores produções de milho do mundo, com estimativa de colher 193 milhões de toneladas do cereal na temporada 2012/13. As importações do gigante asiático há três anos não atingiam 1 milhão de toneladas, mas na temporada passada chegaram a 5 milhões de toneladas e nesta devem atingir a marca de 7 milhões de toneladas, em um ano em que o Brasil terá 10 milhões de toneladas de milho disponível para as exportações. 

          A China, que também trava negociações para exportação do milho argentino, deverá enviar este mês ao país representantes para discutir as variedades aceitas para comercialização. As deliberações com o país vizinho devem servir de parâmetro para o Brasil. Ainda assim, só devem ser aceitas variedades já aprovadas para o consumo chinês.

Segundo informações do presidente executivo da Abramilho (Associação Brasileira de Produtores de Milho) em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, o Brasil tem condições de atender às exigências fitossanitárias da China e deve ganhar espaço no mercado frente ao milho estadunidense. “Os Estados Unidos não tem milho suficiente para mandar para fora. A Argentina é grande exportador, mas também não dispõe de grande volume. A China deve levantar o mínimo de exigências possível, porque precisa repor seus estoques”, esclarece.

Com informações Gazeta do Povo
Fonte: Notícias Agrícolas // Ana Paula Pereira

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Soja preta é novidade entre sementes crioulas apresentadas em Tenente Portela


            Agricultores familiares e lideranças políticas de 22 municípios gaúchos se reuniram em Tenente Portela, na Região Noroeste do Estado, para defender o resgate e plantio das sementes crioulas. Eles participaram do 3º Seminário Sementes Patrimônio Sociocultural e 1º Encontro Regional pelas Sementes Crioulas, eventos que reuniram aproximadamente 450 pessoas no distrito de São Pedro, no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho. “A defesa das sementes crioulas é o ponto de partida de um trabalho que tem futuro”, disse o assessor técnico da Ong AS-PTA, com sede no Rio de Janeiro, Gabriel Fernandes.
Outras regiões do país, segundo Fernandes, preservam e trocam sementes, a exemplo dos gaúchos. “Vocês não estão isolados”, garantiu o assessor técnico da AS-PTA. Para o gerente da Emater/RS-Ascar da região administrativa de Ijuí, Geraldo Kasper, “os agricultores familiares devem buscar, através de suas organizações, o reconhecimento político da produção agroecológica”.
No caso de Tenente Portela, o reconhecimento político ao esforço dos pequenos agricultores e povos indígenas tem sua melhor expressão no Programa Guardiões da Agrobiodiversidade, criado pela prefeitura, em parceria com a Emater/RS-Ascar, Conselho de Missão entre Índios (Comin) e Conselho Municipal do Meio Ambiente. “Esse programa se volta às pequenas propriedades”, explicou o vice-prefeito, Claudenir Scherer. Fazem parte do programa 37 famílias de pequenos agricultores, um grupo e duas associações indígenas, todos chamados de Guardiões das Sementes. “Queremos que a ideia se espalhe para outros municípios”, disse o secretário de Agricultura, Gilmar Canzi.
A ideia de criar uma rede de Guardiões das Sementes já tem adeptos em Três Passos, Braga, Redentora, Barra do Guarita, Esperança do Sul, Vista Gaúcha, Bom Progresso, Sede Nova, Derrubadas, Crissiumal, Tiradentes do Sul e Miraguaí. Contudo, existem guardiões que vivem em outros municípios, atendidos pela Embrapa. “Mantemos contato com pelo menos 200 famílias”, lembrou no encontro o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Gilberto Bevilaqua. A expressão “guardiões das sementes”, segundo Bevilaqua, é antiga, tem mais de dois mil anos, porém ganhou força no Estado nos últimos quatro anos. “Estamos comprometidos em fazer agricultura a partir das sementes crioulas e do conhecimento guardado pela comunidade”, concluiu o presidente da Comissão Estadual de Produção Orgânica do RS (CPOrg/RS), José Cleber Dias.
Sementes Crioulas
Variedade de semente crioula é, na definição do pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Gilberto Bevilaqua, qualquer semente que esteja na comunidade há muito tempo - mais de 15 anos. Em alguns casos, segundo Bevilaqua, as sementes crioulas podem ser mais ricas sob o ponto de vista nutricional que as sementes melhoradas pela pesquisa.

Cleuza Noal Brutti
Fonte: Assessoria de Imprensa

STF define cronograma de julgamento do mensalão


Leitura do relatório do ministro Joaquim Barbosa começa em 1º de agosto

            O STF (Supremo Tribunal Federal) definiu nesta quarta-feira (6) o cronograma de julgamento do mensalão. Serão duas fases. A primeira será destinada à leitura do relatório do ministro Joaquim Barbosa e às sustentações orais da acusação e da defesa. A segunda será composta pelos votos dos ministros.

            O processo do mensalão possui 38 réus, entre eles, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Eles são acusados de integrar um esquema de compra de votos de parlamentares em troca de atuações favoráveis ao governo Lula no Congresso. O escândalo foi revelado em 2005, durante o primeiro mandato de Lula.

            O julgamento terá início em 1º de agosto, às 14h, com a leitura do relatório abreviado do ministro Joaquim Barbosa, principal relator do processo. Em seguida, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fará a sustentação oral para acusar os réus.

A partir do dia 2 de agosto, os advogados dos réus terão uma hora cada para falar pela defesa. O STF estima que a defesa ocupará as cinco horas diárias das sessões, de segunda a sexta, até o dia 14 de agosto.

A segunda fase está programada para começar no dia 15 de agosto, com o início da leitura do voto de Barbosa (que pode durar mais de um dia). Ao contrário da primeira fase, não haverá limite de horas diárias para as sessões. Depois, será a vez do relator revisor, ministro Ricardo Lewandowski, proferir seu voto. Os demais ministros vão ler suas conclusões em seguida.

O presidente do tribunal, Carlos Ayres Britto, será o último a ler seu voto. Ele se aposenta no início de novembro deste ano.

O STF ressalta que não há data definida para o fim da segunda fase, já que não há previsão de quanto tempo os ministros vão demorar a ler seus votos.

Garota com tumor gigante no cérebro é salva por passeio na montanha-russa



Emma Basset, de 20 anos, de Twickenham, de Londres, se recuperou milagrosamente de um tumor gigante no cérebro, após um passeio em uma montanha-russa, no Parque Thorpe.
Os médicos disseram que ela tinha sobrevivido à doença, porque durante o passeio no brinquedo, o líquido que ficou retido no cérebro, por causa do tumor, foi redistribuído diminuindo a pressão sobre o crânio e dando-lhe mais algumas horas de vida.
Aos doze anos, foi diagnosticada a doença na garota devido aos sintomas que ela vinha sentindo, como fortes dores de cabeça e tonturas. Isso causou uma retenção do líquido no cérebro.
Após o passeio na montanha-russa, Emma ganhou mais tempo de vida e, assim, os médicos do Hospital St. George puderam realizar uma operação para a retirada do tumor e outra para a retirada do líquido.
A garota teve que aprender a falar, andar e até comer de novo, mas depois de sete anos, com o apoio de sua família, nota-se que sua recuperação foi um sucesso.

Mudança climática pode custar à América Latina US$100 bi por ano


            Danos causados por mudanças climáticas podem custar à América Latina e a países do Caribe 100 bilhões de dólares por ano em 2050, caso as temperaturas médias subam 2 graus Celsius frente a níveis pré-industriais, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira. 

            A região é responsável por apenas 11 por cento das emissões de gases estufa do mundo, mas é considerada particularmente vulnerável ao impacto de mudanças climáticas devido à sua posição geográfica e à dependência de recursos naturais, afirma relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

            O banco de desenvolvimento divulgou o estudo dias antes da Rio+20, conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sediada no Brasil sobre desenvolvimento sustentável, marcada para 20 a 22 de junho.

            O colapso do bioma de corais no Caribe, o desaparecimento de algumas geleiras nos Andes e algum grau de destruição na bacia Amazônica foram danos climáticos apontados pelo relatório.

            A perda líquida de exportações agrícolas na região por conta das mudanças, por exemplo, deve ficar entre 30 bilhões e 52 bilhões de dólares em 2050.

            "Perdas dessa magnitude limitarão as opções de desenvolvimento assim como acesso a recursos naturais", afirma o relatório.

            Mas o bando ressaltou que o custo de ajudar países a se adaptarem aos efeitos das mudanças climáticas seria pequeno se comparado ao preço dos potenciais danos.

            A instituição estima que cerca de 0,2 por cento do Produto Interno Bruto da região, ou cerca de 10 por cento dos custos dos impactos físicos, seriam necessários para apoiar a adaptação frente às mudanças.

            Segundo o texto, as emissões de gases estufa da região caíram 11 por cento em relação ao início do século, para 4,7 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em 2010.

            Apesar disso, o banco afirma que mais precisa ser feito na região. Os setores de transporte e energia devem aumentar suas participações nas emissões de gases em 50 por cento até 2050, segundo o relatório.

            Estes dois setores apenas poderão contribuir com 2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente por ano na região, segundo o estudo. Isso poderá elevar o total de emissões de gases estufas da região para 7 bilhões de toneladas até 2050, ou 9,3 toneladas de carbono per capita. 

Plano Safra 2012/2013 facilitará investimento de produtores rurais, diz MDA

Crédito para os agricultores familiares vai passar de R$ 16 bilhões para R$ 18 bilhões
            Plano Safra de 2012/2013 prevê aumento dos limites de custeio para que pequenos produtores rurais possam investir mais em suas propriedades
            O Plano Safra de 2012/2013, que vai ser lançado no próximo mês de julho, prevê aumento dos limites de custeio para que pequenos produtores rurais possam investir mais em suas propriedades. O crédito para os agricultores familiares vai passar de R$ 16 bilhões para R$ 18 bilhões.
            O anúncio foi feito nessa terça, dia 5, pelo secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller, que participou de audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara.
– O plano também vai dar mais capacidade de investimento para as cooperativas – pequenas, médias e grandes – afirmou.
Também na audiência, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, disse que 300 entidades foram consultadas para a elaboração do Plano Safra 2012/2013, com o envio de mais de 500 sugestões. De acordo com o secretário, 70% delas estão sendo adotadas no plano.
Entre as ações a serem previstas no Plano Safra 2012/13, Rocha citou incentivos para a agricultura de baixo carbono, que contemple a preservação ambiental.
Extensão rural       

O Plano Safra também vai reforçar a assistência técnica e a extensão rural relacionadas aos empreendimentos da agricultura familiar. Laudemir Müller afirmou que haverá, ainda, a qualificação profissional com o objetivo de inserir os agricultores, principalmente os jovens, no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), aprovado no ano passado pela Câmara.
O deputado Zé Silva (PDT-MG), que solicitou o debate, disse que o governo precisa dobrar o número de agricultores familiares atendidos por programas de assistência técnica e extensão rural.
– Nós temos 4,2 milhões de agricultores no Brasil. O recurso do MDA [Ministério do Desenvolvimento Agrário] dá para atender só 10%, e nós queremos que ele atenda 20% dos produtores. Ou seja, sair de um orçamento de extensão rural de R$ 400 milhões para um orçamento de R$ 800 milhões – avaliou.
Para o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), José Guilherme Leal, a consolidação da assistência técnica permanente é fundamental para desenvolver o meio rural.
– Mas, hoje, o arcabouço institucional do governo federal não é suficiente para garantir a universalização da assistência técnica. Não podemos pensar numa política nacional de assistência técnica rural sem ter recursos atrelados a ela – declarou.
Financiamentos

Em relação ao crédito rural, o deputado Zé Silva sugeriu que a data do pagamento dos financiamentos de custeio da produção não coincida com a data da colheita da safra. Ele lembrou que, na época da colheita, os preços dos produtos ficam mais baixos.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, respondeu que vai avaliar a sugestão.
– Ainda estamos em tempo de fazer essa inclusão, mas há necessidade de falarmos com os bancos, tanto com os bancos públicos quanto com a própria Febraban – disse.
Pronaf

Outro assunto discutido na audiência foi a inclusão dos agricultores no Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). José Guilherme Leal, da Emater-DF, disse que o número de beneficiários do  vem caindo e que, por isso, são necessárias novas regras para enquadramento no programa.
O superintendente do BNB, Luiz Sérgio Machado, também defendeu o aumento na renda do Pronaf-B.
Para Joaci Medeiros, da CNA, o acesso ao crédito rural precisa ser simplificado e desburocratizado, independentemente do porte do produtor.
AGÊNCIA CÂMARA

terça-feira, 5 de junho de 2012

Reunião define grupo para tratar manejo e conservação do solo no RS


    
    Representantes de entidades de pesquisa, ensino e extensão rural estiveram reunidos nessa segunda-feira (04-06), no escritório central da Emater/RS-Ascar, em Porto Alegre, para tratar dos problemas referentes ao manejo e à conservação do solo no Rio Grande do Sul. Na oportunidade, foi criado um grupo de trabalho que atuará com esse tema em nível estadual. Participaram representantes da Emater/RS-Ascar, Embrapa, Fepagro, Secretarias de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) e de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Universidades Federais do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Santa Maria (UFSM) e Universidade de Passo Fundo.

            Além da criação do grupo de trabalho, os presentes salientaram a importância de se haver maior articulação entre as entidades de ensino, pesquisa e extensão rural para tratar do tema e envolvimento dos elos que compõem a cadeia do leite, como a Câmara Técnica e indústrias, para conscientizar os produtores sobre o correto manejo do solo e das pastagens. Na oportunidade, também ficou definido que será resgatado e reformulado o Código Estadual de Solo e Água e intensificada a divulgação de materiais técnicos e informativos no meio rural. A obtenção de recursos junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), via Chamadas Públicas, e através do Programa ABC, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para ações de pesquisa e capacitação de agricultores também foi outro ponto discutido pelas entidades, além de se intensificar o monitoramento da qualidade do solo em todo o Estado.

A próxima reunião será no dia 13 de agosto, no Escritório Central da Emater/RS-Ascar, em Porto Alegre.

Conservação e manejo do solo           

            Para o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar e assistente técnico estadual em Solos, Edemar Streck, o correto manejo do solo aumenta a produtividade das lavouras e reduz os impactos das estiagens ou as perdas de solos e água por erosão hídrica. “Em regiões afetadas pela estiagem, produtores que realizam práticas de conservação do solo conseguem rendimentos até 60% superior ao obtido em áreas mal manejadas”, exemplifica.

            Streck chama a atenção para as práticas que, segundo ele, são fundamentais para garantir a saúde do solo. “O plantio em nível e a rotação de culturas contribuem para manutenção e o aumento da quantidade de palha na superfície. Já o terraceamento é uma prática ainda necessária no plantio direto para a contenção das enxurradas de alta intensidade”, explica.

            Conforme o engenheiro agrônomo da Emater/RS, a rotação de culturas aumenta a produção de resíduos e de matéria orgânica, melhorando assim a estrutura do solo e a infiltração de água. A palha evita o impacto da gota da chuva sobre o solo, e é responsável pela retenção da água. Além de reduzir a erosão, minimiza o prejuízo de pequenas estiagens sobre a produção. Já o cultivo em nível reduz pela metade as perdas por erosão. “Uma chuva de alta intensidade, como a que ocorreu na região de Santa Maria e Pantano Grande há uns 15 dias, pode destruir o trabalho de 20 anos do agricultor, se o solo não estiver protegido”, ressalta.

            Streck destaca que 95% das lavouras de soja e milho são cultivadas no sentido de declive. “Isso facilita a perda de água, solo, sementes e fertilizantes através dos sulcos abertos pelas semeadoras, na ocorrência de chuvas logo após o plantio. Por isso, orientamos sempre para que se faça o plantio em curvas de nível e, se não for possível, pelo menos que se realize o plantio em nível”, afirma o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, ao explicar que essa prática evita também a perda da palha sobre o solo, reduzindo a erosão.

Produtores de grãos na Argentina estendem greve para todo o país


BUENOS AIRES (Reuters) - As principais associações de produtores rurais da Argentina decidiram estender a greve, com interrupção da venda de grãos, para todo o país e para mais dias, em protesto contra um aumento de tarifa rural do país.

Segundo a agência de notícias Dyn, citando Eduardo Buzzi, presidente da Federação Agrária, os produtores farão uma greve nacional de sete dias.

Os produtores de Buenos Aires começaram no sábado uma greve de nove dias em protesto contra um aumento de tarifa recentemente aprovado, que segundo eles vai comprometer seus lucros e ainda forçará alguns fazendeiros a vender suas terras.

A greve comercial foi aprovada na semana passada, quando os legisladores da província de Buenos Aires aprovaram o aumento de um imposto para áreas agrícolas.

A paralisação das vendas da província está preocupando os exportadores que buscam manter o fluxo de embarques da Argentina, o segundo maior fornecedor de milho e o terceiro maior de soja.

A greve não teve impacto sobre o terminal de Rosário, situado em Santa Fe e por onde saem 80 por cento dos grãos e derivados da Argentina.

Com Jô e Ronaldinho em Belo Horizonte, Tia Carmem negocia franquia



Famoso night club vai se espraiar pelo Brazil.
A notícia bombástica de que Ronaldinho Gaúcho estaria acertando com o Atlético Mineiro movimentou a manhã desta segunda-feira no Rio Grande do Sul e no Brazil.
- Acho que os mineiros tão tentando ir pro buraco novamente – disse Rodolfo Benites, estudante de jornalismo.
O jogador deixou o Flamengo após entrar com um processo cobrando seus salários atrasados. Ignorando as péssimas atuações e o histórico de indisciplina, Alexandre Kalil, Presidente do Galo, negocia com Assis o passe do jogador. O Galo que já conta com Jô, agora tenta Ronaldinho para fechar o grupo. Para a torcedora Priscila Montandon, o Atlético está fazendo um ótimo negócio. Só que ao contrário.
- Belo Horizonte vai se tornar a capital mundial das baladas – afirma Montandon.
Por outro lado tem Gaúcho vendo oportunidade de negócio com a chegada do R10. Na verdade uma Gaúcha. A Tia Carmem já estuda a possibilidade de abrir uma filial ou começar a negociar franquias do seu estabelecimento.
- Oferecemos o nome e a mão-de-obra, no caso as gurias, e o resto é com o comprador – afirma Carmem.
Além de Belo Horizonte, Rio de Janeiro também pode receber uma filial.
- Estamos aguardando apenas o acerto entre Adriano e Flamengo.

O Bairrista.

Cuide e preserve a água.


Parceria com rede de fast food rende aumento de 30% na demanda por angus no Brasil


           A parceria entre a Associação Brasileira de Angus (ABA) e a rede McDonald's, que lançou hambúrgueres premium com carne angus em novembro de 2011, já rendeu aumento de 30% da demanda por essa carne no Brasil, segundo a entidade. O reconhecimento do selo de qualidade criado pela ABA também segue valorizando o preço do produto. O quilo do boi vivo no Rio Grande do Sul, para onde se estendeu recentemente a distribuição, está em média R$ 3,25 e o programa da associação ainda paga de 4% a 10% a mais do que o valor de mercado para o produtor, dependendo da idade do animal. Após a consolidação da parceria com o McDonald's, conforme a associação, o novo desafio é exportar os cortes certificados.
– O mercado nacional, que só conhecia as carnes importadas da Argentina e do Uruguai como cortes de qualidade, está comprando cada vez mais o angus do Brasil – afirma o proprietário da Cabanha Catanduva e criador de gado da raça, Fábio Gomes.
Desde o início de maio, consumidores gaúchos encontram dois sanduíches feitos com angus na rede de fast food. A ideia, segundo o diretor da rede de fornecimento do McDonald's do Brasil, Celso Cruz, foi unir qualidade e bom preço ao consumidor.
– Pela primeira vez, colocamos no mercado um hambúrguer nobre produzido com carne de angus. O consumidor brasileiro tem tido muito boa receptividade em relação ao produto, incluindo o público gaúcho – aponta.
        O diretor do programa carne angus certificada da ABA, Reynaldo Salvador, também se diz satisfeito com os resultados alcançados até o momento. Em 2011, foram certificados quase 200 mil animais no país, contra apenas 20 mil em 2003, quando o programa iniciou.
– De cada cinco terneiros cruzados que nascem no Brasil hoje, quatro tem genética angus – informa Salvador.
Fonte: Zero Hora.

Com novo Código Florestal, será preciso reflorestar cerca de 30 milhões de hectares, diz ministro


O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, disse nesta terça, dia 5, que, de acordo com o novo Código Florestal Brasileiro, será necessário reflorestar cerca de 30 milhões de hectares de terras. Para fazer uma comparação, a área plantada com grãos na safra 2011/2012 alcançou 51 milhões de hectares. Apesar do tamanho da área, o ministro disse que nenhum produtor terá sua propriedade inviabilizada economicamente e disse contar com a conscientização da população e dosprodutores.

— A gente conta com o processo de educação ambiental, em que as pessoas compreendam e o agricultor também compreenda que a 
preservação do meio ambiente também é um ativo da sua propriedade — disse Vargas.

Em relação às mais de 
600 emendas recebidas pela Secretaria de Comissões Mistas do Senado com sugestões de mudanças no texto da Medida Provisória que pretende acabar com as brechas deixadas pelos vetos ao texto do novo Código Florestal, o ministro disse que o governo respeita o processo democrático e que qualquer contribuição que sirva para aperfeiçoar será aplaudida, mas espera que não seja criado um novo impasse.

— Há os que desmataram e os que 
preservaram. Não podemos configurar anistia — explicou o ministro, dizendo também que os agricultores que não aderirem no plano de recomposição não devem receber financiamentos do Estado.

Sobre reforma agrária, criticou a demora para se julgar a ação direta de inconstitucionalidade (Adin) para reduzir os juros compensatórios de 12% pagos na desapropriação de terras.

— Essa Adin está tramitando há 10 anos. Com toda a redução da taxa Selic, com toda adaptação do sistema financeiro, pagar 12% de juros compensatórios é um acinte. Assim, vale a pena ser desapropriado, remunera melhor do que qualquer fundo de investimento — disse.

— Eu não vou entrar na pauta do STF (Supremo Tribunal Federal), mas essa não é uma pauta menor, porque quebra o princípio da economicidade, que é um princípio constitucional, inclusive — destacou.

O ministro falou ainda sobre a possibilidade de se fazer compras diretas da agricultura familiar pela internet, o que deve começar a ocorrer a partir de novembro, com lançamento previsto na Feira Nacional da Agricultura Familiar, no Rio de Janeiro, este ano.

—Estamos priorizando cooperativas e associações pra eles venderem para clientes como supermercados, redes de hotéis, e também aos programas de compras governamentais, porque é isso que viabiliza o mercado mais consistente. Depois, a gente vai para a pulverização.
AGÊNCIA BRASIL