sexta-feira, 29 de junho de 2012

Soja segue em alta e contrato julho já bate os US$ 15 em Chicago


O mercado internacional da soja explodiu em Chicago nesta sexta-feira. Os futuros da oleaginosa operam com firmes e significativas altas e o vencimento julho, por volta das 15h (horário de Brasília), já batia o patamar dos US$ 15 por bushel, cotado a US$ 15,09, subindo 43,50 pontos. 

Na sessão de hoje, o mercado deixou de lado as informações do relatório divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre um aumento de área e dos estoques físicos de soja nos Estados Unidos e focou, novamente, o clima seco e quente no país e também o dia bastante positivo no mercado financeiro. 

As lavouras norte-americanas continuam sofrendo com as altas temperaturas e a falta de chuvas, como vêm sinalizando os modelous europeus de meteorologia e isso estimula a alta do mercado. A região mais preocupante é o Corn Belt, principal área produtora de grãos norte-americana. 

As condições desfavoráveis de clima nos EUA criam o temor de uma possível redução na produtividade da soja, que, mesmo que não se confirme, ainda assim deverá ser insuficiente para atender a demanda e abastecer os estoques adequadamente. Essa situação já se confirma no milho, que vem sentindo os efeitos da seca em sua fase de polinização, estágio onde a água é fundamental para o bom desenvolvimento das plantas.

Paralelamente, o mercado de grãos ainda encontra impulso para continuar subindo no macrocenário. Nesta sexta-feira, foi anunciado um acordo vindo da reunião de cúpula da União Europeia que foi muito bem recebido pelos mercados. Com isso, as principais bolsas de valores do mundo registraram um dia muito positivo e o dólar exibiu um forte e expressivo recuo. 

Porém, a cautela deve permanecer. Como explicou Pedro Dejneka, analista da PHDerivativos, "nada está resolvido a longo prazo. O acordo assinado é apenas um novo capítulo na complicada realidade econômica que vivemos hoje". 
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Congresso pode derrubar Medida Provisória do Código Florestal


 

O senador Waldemir Moka, do PMDB, interlocutor do senado com a frente parlamentar do Agro na Câmara, disse que se o relator da MP, senador Luiz Henrique da Silveira, não conseguir um consenso sobre o Código Florestal, o texto encaminhado pela presidenta Dilma Rousseff será derrotado no Congresso.


Moka foi designado como o negociador com a Câmara pelo próprio Luiz Henrique. “Nós tínhamos aprovado a recuperação de APP de 15 metros em propriedades que tenham rios com mais de 10 metros de largura”, destacou Moka. Esse tamanho das matas ciliares em beiras de rios valeria para pequenos, médios e grandes produtores rurais, acrescentou o parlamentar.

Com a escadinha na recuperação das APPs por módulos fiscais, as propriedades com mais de 10 módulos terão que recuperar 30 metros. Moka considera que o dispositivo do governo enfrentará resistências.

O deputado Reinhold Stephanes, o último Ministro da Agricultura decente que tivemos, destacou que uma saída para o impasse seria criar uma transição entre pequenas e médias propriedades. Isso imputaria um ônus menor aos médios produtores. “Tem propriedades que, por causa de dois córregos e uma nascente, podem perder de 70% a 80% da área produtiva”, ressaltou Stephanes.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que participou da audiência pública no Congresso, defendeu a metodologia adotada pelo governo federal. Izabella ressaltou que essa decisão da presidenta Dilma Rousseff levou em conta, além dos impactos ambientais as repercussões sociais aos pequenos produtores.

Só não levou em conta o Congresso Nacional.
Fonte: Blog Código Florestal



Consumo per capita de carne ovina no Brasil é de apenas 400g/ano

Consumo per capita de carne ovina no Brasil é de apenas 400g/ano

O consumo per capita de carne ovina no Brasil é de apenas 400 gramas por pessoa ano e está muito abaixo de outros tipos de carne, como a de aves que chega a 43,4 quilos por ano, a bovina, que é de 37,4 quilos por ano e a suína, que é de 14,1 quilos por ano. Os dados foram apresentados nessa quinta-feira (28-06), em Campo Grande, pelo presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO), Paulo Afonso Schwab, durante o Encontro Sul-Mato-Grossense Proovinos, que foi promovido pelo Senar, Famasul e Funar. 

Segundo o presidente da ARCO, o rebanho brasileiro, de aproximadamente 17,3 milhões de animais, é insuficiente para atender a demanda do mercado interno e a maior parte dos animais não tem registro formal. "No ano passado o consumo brasileiro de carne ovina chegou a 88,4 mil toneladas, mas a maior parte dessa carne foi abatida informalmente, 74,4 mil toneladas. A produção inspecionada, ou seja, o abate oficial foi de apenas 6,1 mil toneladas e as importações chegaram a 7,8 mil toneladas", comenta.
 

Schwab diz ainda que se o consumo per capita de carne ovina no País passasse momentaneamente de 400 gramas para 2,5 quilos por pessoa ano que o Brasil precisaria para atender essa demanda de um rebanho de 50 milhões de animais. "Mais do que demanda grande pelo produto, temos bons preços no horizonte dos próximos dez anos tanto no mercado interno, quanto no externo, que se abre, principalmente o dos países árabes, se tivermos produção", comenta.
 

O presidente da ARCO revela ainda que a carne ovina é pouco consumida no País em razão de uma série de fatores como: falta de hábito de consumo pela população, irregularidade da oferta, má qualidade do produto colocado a venda, em razão de boa parte vir do abate informal e má apresentação do produto ao público.
 

"Hoje nosso grande foco do trabalho é aumentar o rebanho. Com produção, a indústria vai se instalar. Não podemos nem fazer propaganda atualmente da carne ovina porque não vamos ter condições de atender a demanda", comenta, completando que os frigoríficos de ovinos regularmente instalados em todo o País estão operando com grande capacidade ociosa.

Grosso do Sul, de acordo com o presidente do Conselho do Senar, Ademar Silva Júnior, tem um rebanho de aproximadamente 700 mil cabeças, o que o coloca como o oitavo do País. Ele diz que a entidade em parceria com outras instituições do setor produtivo através de ações como o Proovinos quer estimular o desenvolvimento da ovinocultura no Estado. 

"Somos o Estado da oportunidade no agronegócio. Temos disponibilidade de terras, boas condições de solo, disponibilidade de água e bom clima para a ovinocultura, que pode ser consorciada ainda com outras atividades como a silvicultura e a pecuária bovina. Outra vantagem nossa é que temos uma raça, a de ovelha pantaneira, que está totalmente adaptada as condições do Estado e pode representar para a ovinocultura o que o nelore foi para a pecuária de corte", concluiu.

Se o Agricultor não planta, a cidade
Não Almoça e Nem Janta!

Irga fará concurso para 288 vagas


A Secretaria da Agricultura irá convocar concurso para o Irga, com oferta de 288 vagas. O edital é previsto para julho. A seleção de pessoal é aguardada desde janeiro deste ano, quando foi aprovado o plano de cargos e salários. O secretário Luiz Fernando Mainardi diz que as vagas serão para técnicos, pesquisadores e extensionistas. Dando sequência à redefinição do quadro, a Cesa também deverá ter um novo plano de cargos e salários, que está em elaboração. Segundo Mainardi, já estão em fase de renovação os contratos emergenciais feitos no governo passado de 38 funcionários.

Semana pode terminar com queda de granizo na região Sul

Segundo o Inmet, trovoadas e rajadas de vento podem atingir o sul e oeste do Rio Grande do Sul

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para condições meteorológicas favoráveis a ocorrência de chuva moderada a forte com trovoadas, rajadas de vento ocasionais e possibilidade de queda de granizo no sul e oeste do Rio Grande do Sul. O Aviso Especial Nº 174 é válido para esta sexta-feira, 29 de junho.

Nas demais áreas do Sul, a previsão é de tempo parcialmente nublado com possibilidade de nevoeiros. A temperatura mínima na região deve ser de 7ºC. No Espírito Santo, há possibilidade de chuva. Nos outros estados da região Sudeste, o céu fica claro a parcialmente nublado, com névoa úmida em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Já em São Paulo, a previsão é de névoa seca.

Ainda segundo a meteorologia, deve chover em Roraima, Acre, Amazonas, Pará e Rondônia. No Tocantins, a previsão é de névoa seca. A temperatura máxima prevista no Norte deve chegar a 36ºC. Já no Nordeste, são previstas chuvas isoladas no Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. No Maranhão o tempo fica nublado a parcialmente nublado e não deve chover.

No Centro-Oeste, o céu fica claro a parcialmente nublado no Distrito Federal e Goiás. No Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a previsão é de névoa seca.
A temperatura máxima prevista para a região é de 36ºC.

Min. da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Com essas temperaturas de verão que fizeram durante esta semana e com a entrada de uma massa de ar frio, e que pegará esta onda de calor pela frente. É de temer o que pode acontecer.
Ainda algumas previsões mostram, que algumas cidades do estado podem acumular mais de 100mm até o fim da próxima semana.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Trégua nas barreiras: Brasil e Argentina entram em acordo


      Depois de uma rodada de negociações entre lideranças do comércio exterior de Brasil e Argentina, os dois países resolveram declarar uma trégua nas barreiras. A Argentina se comprometeu a abrir o mercado, a partir de amanhã (sexta-feira) para suínos, móveis, calçados, têxteis, autopeças, pneus, linha branca e máquinas agrícolas. Em contrapartida, o Brasil vai permitir a entrada de automóveis, batata, feijão e vinho. A reunião foi em Mendoza e terminou ontem.

Plano Safra 11/12


Ministério projeta sobra de recursos do plano safra 11/12, depois de anunciar linhas de crédito num total de 115,2 bilhões de reais para produtores rurais na safra 2012/13, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, admitiu que ainda sobram recursos parados do último plano. Não adianta todo aumentar o recurso e cada ver criar mais empecilho para ter acesso a esses recursos. Ainda mais depois desta última safra, que o limites de créditos de muitos produtores diminui. Se isso não mudar, mais de 15% do plano safra 12/13, ficará sem ser emprestado.

Destaques


  • Consultoria prevê alta de 3% no consumo per capita de carne bovina no Brasil, segundo a Informa Economics FNP, consumo pode alcançar 33 quilos/ pessoa.

     

  • Importações brasileiras de lácteos superam exportações em US$ 38,7 milhões em maio, no mês o país vendeu US$ 8,9 milhões e comprou US$ 47,6 milhões em produtos.

     

  • Aviões serão usados para semear araucárias no Rio Grande do Sul, para evitar extinção de planta, iniciativa do governo estadual semeará mudas com uso de aeronaves no norte do Estado.

Governo federal quer criar agência para prestar assistência aos produtores


Brasília – A presidenta Dilma Rousseff informou nesta quinta-feira (28) que o governo federal pretende criar uma agência para cuidar da área de assistência técnica e extensão rural. Segundo ela, o objetivo é suprir a fragilidade do país na área e disseminar boas práticas agrícolas. Ao discursar no lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, Dilma disse também que o governo trabalha em um Plano Nacional de Armazenagem.

“Temos uma certa fragilidade na área de assistência técnica e extensão rural. O governo está construindo uma política para essas áreas e estamos pensando na criação de uma agência capaz de de providenciar e disseminar as melhores práticas a partir de protocolos e pacotes tecnológicos, criando e especializando um grupo de agentes públicos que terá ligação com os órgãos de extensão estaduais e cooperativas. Esse talvez seja um dos maiores desafios do meu governo”, disse ela na cerimônia.

Ao falar sobre a criação da agência, após a solenidade, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, lembrou que o país dispõe da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para fazer estudos na área. Segundo ele, o ramo da assistência técnica também precisa de um órgão específico. A ideia é que as duas agências trabalhem de forma articulada.

O plano anunciado nesta quinta-feira prevê R$ 115,2 bilhões para financiar a agricultura comercial. A presidenta informou que, caso esse crédito seja todo gasto antes do término da vigência do plano, mais recursos serão liberados. “Não haverá restrição de recursos caso os R$ 115 bilhões não cheguem até o final da safra.” O valor previsto no plano supera o montante destinado ao setor no ciclo 2011/2012, R$ 107,2 bilhões. A taxa de juros de referência das operações foi reduzida de 6,75% para 5,5% ao ano.

Dilma ainda destacou a importância da agricultura para o enfrentamento da crise econômica internacional e considerou que não há contradição entre a preservação ambiental e a agricultura comercial. Ela citou dados sobre o crescimento da produção com pouco avanço da área ocupada.

“Conseguimos crescer nossa agricultura em 180% e, ao mesmo tempo, ter um crescimento de cerca de 30% da área ocupada. Isso é crucial porque mostra que somos capazes de crescer com uma área relativamente reduzida, mostra que o crescimento não é incompatível com preservação ambiental”, disse acrescentando que o Brasil tem 60% dos biomas florestais intocados, mesmo sendo a maior potência agrícola.

Edição: Juliana Andrade

Plano Safra 2012/13: Juros para custeio e comercialização caem de 6,75% para 5,5% ao ano.

   A agropecuária nacional tem o maior Plano Agrícola e Pecuário já anunciado nos últimos anos. A presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, lançaram nesta quinta-feira, 28 de junho, no Palácio do Planalto, o Plano Agrícola e Pecuário, que vai destinar R$ 115,2 bilhões para a agricultura empresarial na safra 2012/13. 

Desses recursos, R$ 86,9 bilhões são para financiar o custeio e a comercialização e R$ 28,2 bilhões para os programas de investimentos. Além do aumento de 7,5% em relação ao crédito da safra anterior, o novo plano reduz de 6,75% para 5,5% a taxa anual de juros.

Os juros também são atrativos para quem investir na agricultura. As novas taxas representam uma diminuição de 18,5% nos custos dos financiamentos para o produtor rural. O total de recursos com taxa de juros controlada será de R$ 93,9 bilhões, o que corresponde a um acréscimo de 18,5% em relação ao programado para a safra anterior. Já os juros livres totalizam R$ 21,3 bilhões.

Do pequeno ao médio e grande produtor, todos saem ganhando, pois os recursos chegam ao campo. Segundo Mendes Ribeiro, os recursos serão essenciais para que o produtor aumente a produção agropecuária e garanta a segurança alimentar com respeito ao meio ambiente.  “Os R$ 115,2 bilhões serão fundamentais para a continuidade do progresso da agricultura brasileira”, salientou. O foco neste plano é o médio produtor rural, o cooperativismo e a produção sustentável, disse o ministro. O Programa ABC, que incentiva a adoção de boas práticas pelos agricultores brasileiros e que é prioridade do Governo, vai disponibilizar R$ 3,4 bilhões de recursos para financiamento.

Custeio e Comercialização
Semeando crédito e colhendo resultados. Assim foram ampliados os limites de financiamento de custeio e comercialização. No caso do custeio, outra medida importante foi o aumento do limite de R$ 650 mil para R$ 800 mil por produtor; enquanto para a comercialização a elevação foi de R$ 1,3 milhão para R$ 1,6 milhão. Em ambos os casos, a variação foi de 23% sobre a safra anterior. O compromisso do Governo em apoiar as cooperativas agropecuárias veio por meio da elevação do limite de financiamento de R$ 60 milhões para R$ 100 milhões por cooperativa, através do Prodecoop; e de R$ 25 milhões para 50 milhões pelo Procap-Agro.

O médio produtor segue como um dos protagonistas no Plano Agrícola 2012/2013. No Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), a taxa de juros foi reduzida de 6,25% para 5% ao ano e foi ampliado o volume de recursos para custeio, de R$ 6,2 bilhões para R$ 7,1 bilhões, um aumento de 15% sobre a safra anterior. Foi elevada ainda, a renda bruta anual para enquadramento do produtor no programa de R$ 700 mil para R$ 800 mil e o limite de crédito por beneficiário de R$ 400 mil para R$ 500 mil, mais uma medida que atende o compromisso do Governo de beneficiar o médio produtor rural. Para investimento, o montante disponibilizado é de R$ 4 bilhões, ante R$ 2,1 bi da safra passada. Com essas medidas, mais produtores são beneficiados pelo Pronamp.

Outra novidade é o aumento das subvenções ao prêmio que passou de R$ 253 milhões na safra 2011/12 para R$ 400 milhões na safra 2012/13, uma elevação de 58%. O aumento do médio produtor no Proagro passou de R$ 150 mil para R$ 300 mil, uma ampliação de 100%. Isso significa uma elevação do valor segurado de R$ 9 bilhões para R$ 16 bilhões.

Os mecanismos de apoio à comercialização dos produtos agrícolas para garantir a venda a preços estabelecidos com base em estimativas do custo variável também foi um compromisso mantido pelo Governo. Para os produtos amparados por Aquisições do Governo Federal (AGF), o plano prevê o aumento dos preços mínimos vigentes para diversos produtos, em nível regional e nacional.
Confira os limites de custeio e comercialização ampliados:

- Pecuária bovina de corte e leite: foi renovada a linha de financiamento para aquisição de matrizes e reprodutores bovinos e bubalinos, nesse caso o limite por produtor vai até 750 mil, com até cinco anos para pagamento e carência de dois anos e juros de 5,5% ao ano. O aumento do limite de comercialização às agroindústrias beneficiadoras e processadoras de leite de passou de R$ 40 milhões para R$ 50 milhões e prazo de pagamento de 180 para 240 dias.

- Suinocultura: foi criada uma linha para a retenção de matrizes, com limite por produtor de até R$ 1,2 milhão, prazo de pagamento de até dois anos e juros de 5,5% ao ano.

- Caprinocultura e ovinocultura: linha para aquisição de matrizes e reprodutores caprinos e ovinos, no limite de R$ 600 mil, com prazo de pagamento de até dez anos, incluindo três de carência e juros de 5,5%.

Para detalhamento de informações e acesso à integra do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, acesse www.agricultura.gov.br/plano-agricola
Fonte: Mapa

O Exército, deveria participar de mais obras.

Plano Safra 2012/2013 é o maior da história do país, afirma ministro Mendes Ribeiro

Em Brasília, governo federal anuncia ampliação do crédito e diminuição das taxas de juros para o próximo ciclo da agropecuária comercial

Com redução das taxas de juros e aumento do montante destinado ao crédito, o Plano Safra 2012/2013 foi lançado oficialmente, em tom otimista, nesta quinta, dia 28. O foco do plano para o novo ciclo da agropecuária comercial é o médio produtor rural, o cooperativismo e a produção sustentável.
Durante a cerimônia em Brasília, o governo federal confirmou as medidas que já haviam sido adiantadas. Além do incremento de 7,7% no total de crédito reservado à agricultura empresarial, o plano reduz a taxa anual de juros para 5,5%. O montante de recursos para crédito será de R$ 115,2 bilhões, distribuídos em custeio e comercialização (R$ 86,9 bilhões) e programas de investimento (R$ 28,2 bilhões).
Ao lado da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Agricultura Mendes Ribeiro Filho afirmou que o plano segue a política econômica do governo, de ampliação dos recursos e diminuição das taxas de juros. O chefe da pasta chamou o programa de o mais ambicioso da história do país.
– É o mais democrático e auspicioso de todos os tempos. Não se pode ter uma única política agrícola para todos os produtores. Esse plano vem ao encontro à regionalização da política rural – afirmou.
As novas taxas representam uma diminuição de 18,5% nos custos dos financiamentos para o produtor rural. O total de recursos com taxa de juros controlada será de R$ 93,9 bilhões (aumento de 18,5%) e com juros livres, de R$ 21,3 bilhões. A presidente Dilma Rousseff acrescentou, no entanto, que não haverá restrição de crédito caso os R$ 115,2 bilhões não sejam suficientes até o final da safra.
– A agropecuária basileira conquistou um estágio em que é capaz de superar as crises. O mundo jamais prescindirá de energia e de alimentos. Por isso, esse plano agrícola pretende perpetuar o espaço da agricultura dentro e fora do Brasil – afirmou.
Dilma Rousseff também assumiu a deficiência brasileira em oferecer assistência técnica, principalmente, aos pequenos produtores, e antecipou a criação de uma agência que trabalhará em conjunto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
– Estamos pensando na criação de uma agência de assistência técnica rural capaz de disseminar as melhores técnicas e formar agentes. Este talvez seja um dos maiores desafios do meu governo – falou.
A cerimônia também teve a presença da ministra-chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann, do presidente do Senado Federal José Sarney e da senadora Kátia Abreu. Durante sua fala, Kátia Abreu enfatizou que há 20 anos não participava de uma cerimônia de anúncio do plano safra, pelo que rotulou como "mesmice e falta de mudança conceitual".
– O governo está fazendo bem a sua parte. A senhora (dirigindo-se à presidente Dilma Rousseff) está nos dando as condições para trabalhar. Nós esperamos por 20 anos por um seguro agrícola. Hoje, vamos passar uma proteção de 5% da área física para 20%. Isso é tudo o que esperávamos – enfatizou a senadora, que também é presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA)
Confira as principais medidas do Plano Safra 2012/2013:
- Redução dos juros: diminuição de 18,5% nos custos dos financiamentos para o produtor rural. O total de recursos com taxa de juros controlada será de R$ 93,9 bilhões (aumento de 18,5%) e o com juros livres, de R$ 21,3 bilhões.
- Aumento dos limites de financiamento para produtores: para custeio, o valor financiado foi ampliado de R$ 650 mil para R$ 800 mil por produtor; para a comercialização, passou de R$ 1,3 milhão para R$ 1,6 milhão.
- Aumento dos limites de financiamento para cooperativas: elevação de R$ 60 milhões para R$ 100 milhões, através do Prodecoop; e de R$ 25 milhões para 50 milhões pelo Procap-Agro.
- Médio produtor: redução da taxa de juros de 6,25% para 5% ao ano e aumento de 15% no volume de recursos para custeio para R$ 7,1 bilhões. Elevação da renda bruta anual para R$ 800 mil e limite de crédito por beneficiário de R$ 400 mil para R$ 500 mil. Para investimento, o montante disponibilizado é de R$ 4 bilhões, ante R$ 2,1 bi da safra passada. Com essas medidas, mais produtores são beneficiados pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp).
- Pequeno produtor: o Plano Safra da Agricultura Familiar será lançado na próxima quarta, dia 4 de julho. O montante deve ser de R$ 18 bilhões, um aumento de 12,5%, além de cortes nos juros, conforme havia sido anunciado no fim de maio, durante o Grito da Terra.
Confira os novos limites de custeio e de comercialização por segmento da pecuária:
- Pecuária bovina de corte e leite: renovação da linha para aquisição de matrizes e reprodutores bovinos e bubalinos, com limite por produtor de até 750 mil, com até cinco anos para pagamento e carência de dois anos e juros de 5,5% ao ano.
O aumento do limite de comercialização às agroindústrias beneficiadoras e processadoras de leite de passou de R$ 40 milhões para R$ 50 milhões e prazo de pagamento de 180 para 240 dias.
- Suinocultura: criada linha para a retenção de matrizes, com limite por produtor de até R$ 1,2 milhão e prazo de pagamento de até dois anos, com juros de 5,5% ao ano.
- Caprinocultura e ovinocultura: linha para aquisição de matrizes e reprodutores caprinos e ovinos, no limite de R$ 600 mil, com prazo de pagamento de até dez anos, incluindo três de carência e juros de 5,5%.

Fonte: RuralBR