segunda-feira, 4 de junho de 2012

Mais Água, Mais Renda: 300 projetos já solicitados no RS


Nos últimos 25 anos, os prejuízos com estiagem chegaram a 50 milhões de toneladas de grão no Rio Grande do Sul 
Em um mês e meio após o lançamento do Programa Estadual de Expansão da Agropecuária Irrigada – Mais Água, Mais Renda, cerca de 300 projetos já foram solicitados por agricultores familiares e médios e grandes produtores, sendo 250 projetos de pequenos produtores para produção de leite a pasto e 50 projetos de pivôs centrais solicitados por grandes produtores.

Conforme o secretario adjunto de Agricultura e coordenador geral do Programa, Claudio Fioreze, o programa incentiva a implantação de sistemas de irrigação, subsidia a aquisição de equipamentos e agiliza o licenciamento e a outorga de projetos de irrigação. Segundo ele, o diagnóstico das estiagens no Rio Grande do Sul mostra que elas não são recentes e, apesar de algo ter sido feito para amenizar seus impactos, não foi o suficiente diante do tamanho do problema. Ele comenta que de cada 10 anos, o Estado enfrenta 7 estiagens em diferentes níveis, algumas fortes como em 2005 e a de 2011/12, e em outros anos outras mais localizadas. “Mas é um caso crônico e caracteriza que o Rio Grande do Sul está com esse problema presente e os governos têm que agir junto aos produtores e associações para revertermos esse quadro”, diz.

Fioreze explica que este é um programa onde o produtor vai executá-lo. “Existem dois programas em andamento: o pró-irrigação, herdado do governo anterior destinado à construir médios açudes, e outro criado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural irrigando a agricultura familiar para construção de micro açudes. É um bom programa, tem 80% de subsídio do governo estadual, mas são demorados por causa da burocracia. E as vezes, leva até mais de um ano entre o início do projeto e a efetiva construção dos açudes. Já o Mais água, Mais Renda, vai destinar os recursos diretamente ao agricultor e ele mesmo vai executar as obras, seja construção de açudes, seja implementação de cisternas para irrigação. Está limitado a 10 hectares por bloco de produtor, se destina a todos produtores, seja desde o pequeno até o grande. Não há limite de enquadramento de beneficiários. Ele tem a licença ambiental já pronta, automática, basta o produtor entrar no site da agricultura, onde encontra as licenças prontas para construção de açudes ou ampliação e regularização. Tudo isso é rápido. Mais do que isso, o governo está disponibilizando R$ 75 milhões por ano em subsídios. O subsídio é de 30% para o pequeno produtor, até 12% para o grande”, explica.

O secretário adjunto de Agricultura exemplifica que um pequeno produtor faz um financiamento no Pronaf de R$ 50 mil para construir um açude e comprar equipamentos para irrigar 10 ha de milho. O que daria uma prestação de R$ 8,5 mil por ano - 3 anos de carência e sete prestações de R$ 8,5mil – sendo que a 1ª e última prestações seriam pagas pelo governo. O subsidio é de 30%. “Estamos contentes com a procura que está havendo. Temos em torno de 300 projetos. Estamos convictos de que é a hora da virada, e para isso, os produtores tem que investir em irrigação. É importante ter maquinários, agricultura de precisão, mas de nada adianta se você não tem água para a planta crescer. No Estado a média anual é de 1.600 mm, mas é uma chuva mal distribuída”, destaca.

Conforme Fioreze, nos últimos 25 anos, os prejuízos com estiagem chegaram a 50 milhões de toneladas de grão no Rio Grande do Sul, o que representa R$ 30 bilhões perdidos pela estiagem.

Assim, temos convicção que o melhor seguro agrícola é a irrigação, oferecendo um programa ágil e com subsídio.

Para falar sobre o programa, o secretário adjunto da Agricultura esteve em Constantina na quarta-feira.
Estamos contentes com a procura que está havendo. Temos em torno de 300 projetos. Estamos convictos de que é a hora da virada, e para isso, os produtores têm que investir em irrigação.

Estamos contentes com a procura que está havendo. Temos em torno de 300 projetos. Estamos convictos de que é a hora da virada, e para isso, os produtores têm que investir em irrigação.

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