Nesta
terça-feira (26), os futuros da soja encerraram o dia em baixa na Bolsa de
Chicago. A oleaginosa até chegou a registrar momentos de alta durante a sessão,
porém os mesmos não se sustentaram e acabaram sucumbindo a um movimento de
realização de lucros.
Já
no mercado interno, os preços continuam subindo. No porto de Paranaguá, a soja
terminou o dia com a saca valendo R$ 71 e em Rio Grande, R$ 71,20. Os maiores
preços da história são renovados dia a dia com os bons patamares das cotações
em Chicago, a alta do dólar e os prêmios que continuam elevados.
Analistas
afirmam que os investidores aproveitaram a falta de novidades e o mercado
bastante comprado e devolveram parte dos intensos ganhos registrados nas
últimas três sessões. As perdas ficaram entre 10,25 e 12,25 pontos. O
vencimento agosto terminou a sessão valendo US$ 14,55 por bushel, subindo 11,50
pontos.
O
principal fator que influencia o mercado no momento é o clima adverso nos
Estados Unidos e a previsão é de que as condições continuem desfavoráveis às
lavouras nos próximos dez dias. Segundo explicou Glauco Monte, analista de
mercado da FC Stone, o mercado deverá continuar acompanhando o desenvolvimento
do clima norte-americano, o que deve trazer mais volatilidade aos
negócios.
As
lavouras norte-americanas sofrem com a falta de chuvas e altas temperaturas, as
quais ameaçam a produtividade, nesse momento, mais intensamente do milho. Nesta
segunda-feira (25), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)
divulgou seu último relatório semanal de acompanhamento de safra indicando um
baixa no índice de plantações em boas ou excelentes condições tanto da soja
quanto do milho, e isso deve continuar dando sustentação aos preços.
Porém,
essa realização de lucros só foi sentida pelo mercado internacional da soja.
Milho e trigo fecharam a terça-feira do lado positivo da tabela, com altas de
mais de 20 e mais de 6 pontos, respectivamente.
Ainda
de acordo com Monte, a posição sobrecomprada dos investidores na soja requer maiores cuidados,
e o mercado encontrou um bom momento para se ajustar. Já no caso do milho e do
trigo, os fundos têm mais espaço para manter-se na ponta compradora do mercado,
sustentando as altas registradas hoje, que ainda refletem as condições
climáticas adversas nos EUA.
Fonte:
Notícias Agrícolas // Carla Mendes
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