O mercado
internacional da soja explodiu em Chicago nesta sexta-feira. Os futuros da
oleaginosa operam com firmes e significativas altas e o vencimento julho, por
volta das 15h (horário de Brasília), já batia o patamar dos US$ 15 por bushel,
cotado a US$ 15,09, subindo 43,50 pontos.
Na sessão de hoje, o
mercado deixou de lado as informações do relatório divulgado pelo USDA
(Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre um aumento de área e dos
estoques físicos de soja nos Estados Unidos e focou, novamente, o clima seco e
quente no país e também o dia bastante positivo no mercado financeiro.
As lavouras
norte-americanas continuam sofrendo com as altas temperaturas e a falta de
chuvas, como vêm sinalizando os modelous europeus de meteorologia e isso
estimula a alta do mercado. A região mais preocupante é o Corn Belt, principal
área produtora de grãos norte-americana.
As condições
desfavoráveis de clima nos EUA criam o temor de uma possível redução na
produtividade da soja, que, mesmo que não se confirme, ainda assim deverá ser
insuficiente para atender a demanda e abastecer os estoques adequadamente. Essa
situação já se confirma no milho, que vem sentindo os efeitos da seca em sua
fase de polinização, estágio onde a água é fundamental para o bom desenvolvimento
das plantas.
Paralelamente, o
mercado de grãos ainda encontra impulso para continuar subindo no macrocenário.
Nesta sexta-feira, foi anunciado um acordo vindo da reunião de cúpula da União
Europeia que foi muito bem recebido pelos mercados. Com isso, as principais
bolsas de valores do mundo registraram um dia muito positivo e o dólar exibiu
um forte e expressivo recuo.
Porém, a cautela deve
permanecer. Como explicou Pedro Dejneka, analista da PHDerivativos, "nada
está resolvido a longo prazo. O acordo assinado é apenas um novo capítulo na
complicada realidade econômica que vivemos hoje".
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